segunda-feira, 8 de agosto de 2011

O Amor de Cristo nos constrange!

"Pois o amor de Cristo nos constrange, julgando nós isto: um morreu por todos; logo, todos morreram. E ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si mesmos, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou" (2ª Coríntios 5: 14 e 15)

Essa é, ou pelo menos deveria ser, a maior de todas as motivações a vida cristã: "... julgando nós isto: um morreu por todos..." Ele, o Deus encarnado MORREU por mim! O autor da vida, o alfa e o ômega, a estrela da manhã, morreu pra me salvar dos meus pecados que eu cometi conscientemente e repetidamente, os quais eu sabia que eram errados.

Isso, definitivamente, deveria ser motivação mais do que suficiente pra que, como diz o texto: "...os que vivem não vivam mais para si mesmos, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou."

Mas a igreja perdeu isso ao longo do tempo.

Perdeu o espanto e temor, mesmo em face de tão espantosa verdade: "...todos pecaram e carecem da glória de Deus." (Romanos 3:23).

Perdeu o zelo e a diligência, mesmo tendo em vista que "eles vão ter de prestar contas a Deus, que está pronto para julgar os vivos e os mortos."(1ª Pedro 4:5).

Perdeu o amor, por Deus e pelo próximo, mesmo sabendo que "Nisto consiste o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou e enviou o seu Filho como propiciação pelos nossos pecados"(1ª João 4:10).

Perdeu a alegria, mesmo recitando aos ventos, vazia e inutilmente, que "Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.", não conhecendo, verdadeiramente, nem a Deus, nem a seu filho, nem desejando, realmente, a vida eterna.

Perdeu quando tirou os olhos da cruz e os colocou em si mesma. Quando deixou de falar em "morte" pra falar de "vida em abundância" nessa terra. Quando ajuntou para si
"mestres segundo as suas próprias cobiças, como que sentindo coceira nos ouvidos" e se recusou "a dar ouvidos à verdade, entregando-se às fábulas".

E perdendo, se perdeu. Trocou o temor pelo descaso, o zelo pela preguiça, o amor pelo interesse e a alegria pelo entretenimento barato e fútil.

Fez do culto um show, onde o que interessa é a satisfação do "cliente", e de Deus um grande gênio celestial, pronto a ouvir e atender seus desejos caso você recite a "palavra mágica" (determino, amarro, e a mais poderosa de todas: "em nome de gisuis!").

Por isso, a cruz já não motiva boa parte da igreja. Porque viver "não mais para si mesmos, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou" não faz mas parte de suas "metas" ou objetivos. Enquanto isso, gastam mundos e fundos com conferências, celebrações, acampamentos e retiros, cujo "fogo" dura no máximo duas semanas, e que no fim, não mudam absolutamente nada em ninguém.

Aliás, se mudam, mudam no bolso do pastor, que certamente fica mais recheado.

E pra terminar, um testemunho de alguém que ainda vê na cruz, um bom motivo pelo que viver, e morrer.